quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Controle da Digestão



Como o Processo Digestivo é Controlado?


Hormônios reguladores
No estômago a liberação de ácido clorídrico é feita através do estímulo da célula (parietal) produtora de ácido que está presente apenas na porção do corpo e fundo gástrico. Este estímulo é feito através da gastrina , histamina e acetil-colina.


Um dos aspectos fascinantes do sistema digestivo é a de autoregulação. A grande maioria dos hormônios que controlam as funções do sistema digestivo são produzidas e liberadas pelas células da mucosa do estômago e intestino delgado. Estes hormônios são liberados na corrente sangüínea vão até o coração e retornam ao sistema digestivo onde estimulam a liberação de dos sucos digestivos e os movimentos dos órgãos. Os principais hormônios que controlam a digestão são a gastrina, a secretina e a colecistoquinina (CCK) :



Gastrina :
estimula a produção de ácido do estômago para dissolver e digerir alguns alimentos. É também fundamental para o crescimento da mucosa gástrica e intestinal.



Secretina :
estimula o pâncreas liberando o suco pancreático que é rico em bicarbonato . Estimula o estômago a produzir pepsina , uma enzima encarregada de digerir proteínas. Também estimula o fígado a produzir bile.


CCK :
estimula o crescimento celular do pâncreas e a produção de suco pancreático. Provoca
o esvaziamento da vesícula biliar.



Sistema nervoso


Dois tipos de nervos ajudam a controlar a digestão. Nervos extrínsecos (de fora) que chegam aos órgãos digestivos da parte não consciente do cérebro ou da medula espinhal. Eles liberam um produto chamado acetilcolina e outro chamado adrenalina. A acetilcolina faz com que os músculos dos órgãos digestivos se contraiam com maior intensidade , empurrando o bolo alimentar e sucos digestivos através do trato digestivo. A acetilcolina também estimula o estômago e pâncreas a produzirem mais suco digestivo. A adrenalina relaxa os músculos do estômago e intestino e diminui o fluxo sangüíneo nestes órgãos.




Mais importante ainda são os nervos intrínsecos (de dentro). Em forma rede , cobrem a parede do esôfago, estômago, intestino delgado e cólon. São estimulados pela distensão da parede dos órgãos pelo alimento. Liberam inúmeras substâncias que aceleram ou retardam o movimento da comida ou da produção de sucos digestivos.



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Glândulas Anexas ao Tubo Digestivo

Produção de Sucos Digestivos



As glândulas do sistema digestivo são essenciais no processo da digestão. Elas produzem tanto os sucos que degradam os alimentos como também os hormônios que controlam todo o processo.



As primeiras glândulas são as que estão na cavidade oral ( glândulas salivares) . A saliva produzida por essas glândulas , contém uma enzima que inicia o processo da digestão , agindo sobre o amido presente nos alimentos degradando-o a moléculas menores.



O próximo grupo de glândulas encontram-se na mucosa do estômago. Produzem o ácido e enzimas que digerem as proteínas. O ácido produzido no estômago é capaz de digerir todos os alimentos que chegam ao estômago , porém não afeta o próprio estômago devido a mecanismos especiais de proteção que este órgão tem.



Após os esvaziamento gástrico , o alimento já parcialmente digerido com o suco gástrico vai para o intestino delgado encontrar mais dois sucos digestivos para continuar o processo da digestão. Um deles é produzido pelo pâncreas que contêm enzimas capaz de digerir carboidratos , gordura e proteínas. Outra parte é produzida pelas glândulas do próprio intestino.



O fígado produz ainda outro suco digestivo: a bile. A bile é armazenada na vesícula biliar e durante as refeições esta " se espreme" liberando-a através de ductos para o intestino. Ao atingir o alimento a bile tem como principal função desmanchar as gorduras para serem digeridas pelas enzimas produzidas pelo pâncreas e intestino.


Absorção e Transporte dos Nutrientes


As moléculas digeridas dos alimentos , como também a água e sais minerais , são absorvidos na porção inicial do intestino delgado. O material absorvido atravessa a mucosa e atinge o sistema sanguíneo e é levado a outras partes do corpo para ser armazenado ou sofrerem outras modificações químicas. Este processo varia de acordo com o tipo de nutriente.


Carboidratos:
A grande maioria dos alimentos contém carboidratos . Bons exemplos são o pão, batatas , massas, doces, arroz, frutas e vegetais. Muitos destes alimentos contém amido , que pode ser digerido e também fibras que não são digeridas.


O carboidratos digeridos são decompostos em moléculas menores por enzimas encontradas na saliva, no suco pancreático e no intestino delgado. O amido é digerido em duas etapas : Sofrendo a ação da saliva e do suco pancreático , o amido é transformado em moléculas chamadas de maltose; em seguida , uma enzima encontrada no intestino delgado chamada maltase, degrada a maltose em moléculas de glicose. A glicose pode ser absorvida para a corrente sangüínea através da mucosa do intestino.


Uma vez na corrente sangüínea , a glicose vai para o fígado onde é armazenada ou utilizada para promover energia para o funcionamento do corpo. O açúcar comum também é um carboidrato que precisa ser digerido para ser utilizado.


Uma enzima encontrada no intestino delgado degrada o açúcar em glicose e frutose , ambos absorvidos pelo intestino. O leite contém outro açúcar chamado lactose. A lactose sofre a ação da lactase no intestino delgado transformando-se em moléculas absorvíveis.


Proteínas:

Alimentos como carne, ovos , e grãos contêm grandes moléculas de proteínas que precisam ser digeridas antes de serem utilizadas para reparar e construir os tecidos orgânicos. No estômago há uma enzima que inicia a degradação das proteínas.


A digestão é finalizada no intestino delgado pelo suco pancreático e intestino propriamente dito. O produto final das proteínas é absorvido pelo intestino delgado e encaminhado ao organismo pela corrente sanguínea. É utilizado para a construção das paredes e diversos componentes das células.


Gorduras:
Moléculas de gordura são uma grande fonte de energia para o corpo. Como se sabe a gordura não se mistura com a água, portanto o primeiro passo para a digestão de gorduras é transformação da mesma em produtos que possam ser misturados com a água (hidrossolúveis).


Os ácidos biliares produzidos pelo fígado atuam diretamente sobre as gorduras como detergentes permitindo a ação das enzimas sobre as gorduras transformando-as em moléculas menores de ácidos graxos e colesterol. Os ácidos biliares combinados com os ácidos graxos e colesterol permitem a passagem das moléculas pequenas através das células do intestino. As moléculas pequenas depois se transformam novamente em moléculas maiores e são transportadas através de vasos linfáticos do abdômen até o tórax onde então são despejadas na circulação sangüínea para serem armazenadas nas diferentes partes do corpo.


Vitaminas:
Outra parte vital dos nossos alimentos que é absorvida pelo intestino delgado são as vitaminas. Existem dois tipos de vitaminas: as que são dissolvidas pela água ou hidrossolúveis ( todo o complexo B e vitamina C) e as que são dissolvidas pela gordura ou lipossolúveis ( A, D, E e K).


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Sistema Digestivo




Aparelho digestivo ou sistema digestório, como recomenda a nova nomenclatura, é composto de uma série de órgãos tubulares interligados formando um único tubo que se estende desde a boca até o ânus. Recobrindo este tubo há um tipo de "pele" chamado de mucosa. Na cavidade oral (boca) , estômago e intestino delgado a mucosa contém pequenas glândulas que produzem líquidos específicos utilizados na digestão dos alimentos.





Há dois órgãos digestivos sólidos , o fígado e o pâncreas, que também produzem líquidos utilizados na digestão , estes líquidos chegam ao intestino delgado através de pequenos tubos. Outros sistemas apresentam um importante papel no funcionamento do aparelho digestivo como o sistema nervoso e sistema circulatório (sangüíneo).




Porque a Digestão é Importante?

Os alimentos como são ingeridos não estão no formato que o corpo pode aproveitá-los. Devem ser transformados em pequenas moléculas de nutrientes antes de serem absorvidos no sangue e levados às células para sua nutrição e reprodução. Este processo chama-se de digestão.



Como o Alimento é Digerido ?



A digestão ocorre através da mistura dos alimentos, movimento destes através do tubo digestivo e decomposição química de grandes moléculas de alimento para pequenas moléculas. Inicia-se na cavidade oral através da mastigação e se completa no intestino delgado. O processo químico se diferencia para cada tipo de alimento.




O Trânsito dos Alimentos Através do Tubo Digestivo.



Os órgãos digestivos tubulares contêm músculos que possibilitam dar movimento às suas paredes. Este movimento (peristalse) pode impulsionar e misturar os alimentos com os sucos digestivos. O movimento peristáltico é como uma onda do mar , promovendo uma área estreitada que empurra o alimento para baixo até o final do órgão.



O primeiro movimento é o da deglutição. Apesar de podermos controlar quando engolimos algo, a partir deste momento há uma reação em cadeia de movimentos involuntários controlados pelo sistema nervoso.



O esôfago é o órgão ao qual os alimentos são impulsionados após a deglutição. Ele comunica a cavidade oral ao estômago. Sua única função é transportar o alimento ao estômago. Ao nível da junção do esôfago com o estômago , há uma estrutura valvular que permanece fechada entre os dois órgãos. Com a aproximação do alimento esta válvula se abre permitindo a passagem do alimento ao estômago.



O alimento então entra no estômago, que tem três funções mecânicas básicas. A primeira como reservatório do alimento , função realizada pela parte superior do estômago que relaxa sua musculatura e aumenta sua capacidade. A segunda função é realizada pela parte inferior do estômago misturando os alimentos com o suco digestivo produzido pelo estômago. E finalmente a terceira é a de liberar os alimentos (esvaziamento gástrico) , já parcialmente digeridos para o intestino delgado. Este processo ocorre lentamente.




Vários fatores afetam o esvaziamento gástrico como o tipo de alimento, ação da musculatura do estômago e a capacidade do intestino delgado de receber mais alimentos parcialmente digeridos. Quando o bolo alimentar chega ao intestino delgado ele sofre a ação do suco digestivo produzido pelo pâncreas, fígado e intestino e é impulsionado para frente para dar espaço a mais alimento vindo do estômago.



Ao final todos os nutrientes digeridos são absorvidos através da parede do intestino delgado . A parte não digerida que são as fibras e restos celulares da mucosa do intestino. Este material é levado ao intestino grosso (cólon) mantendo-se lá por um dia ou dois até as fezes serem expelidas pelo movimento do intestino grosso até a evacuação.


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domingo, 9 de setembro de 2007

Prova de Recuperação



Pessoal,





Passei por aqui para lembra-los da PROVA DE RECUPERAÇÃO nessa SEGUNDA-FEIRA, 10 de Setembro, às 15h.





A matéria da Avaliação será a mesma do Terceiro Bimestre para todas as turmas.





Não se esqueçam de trazer o trabalho de Recuperação (os exercícios do CADERNO DE EXERCÍOS) da parte correspondente da PROVA.





Aguardo vocês!

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Eviolução dos Cordados

DIVERSIDADE, EVOLUÇÃO, E CLASSIFICAÇÃO DOS VERTEBRADOS

As 50.000 espécies atuais de vertebrados variam, em tamanho, de menos de um grama a mais de 100.000 quilos e vivem em habitats que vão do fundo dos oceanos ao topo das montanhas. Esta extraordinária diversidade é produto de 500 milhões de anos de evolução.


Evolução significa mudança nas freqüências relativas de alelos no conjunto gênico de uma espécie. A variabilidade hereditária dos indivíduos de uma espécie é a matéria prima da evolução, e a seleção natural é o mecanismo que produz mudança evolutiva.


A seleção natural atua através da reprodução diferencial e o valor adaptativo descreve a contribuição do diferencial dos indivíduos para as gerações futuras. A maior parte da seleção provavelmente opera ao nível dos indivíduos, mas é possível que também atue ao nível dos alelos, populações, ou mesmo espécies.


Em adição à variabilidade individual as espécies freqüentemente exibem dimorfismo sexual e variação geográfica. O dimorfismo sexual reflete as diferentes forças seletivas atuando sobre machos e fêmeas de uma espécie, como resultado da assimetria do investimento reprodutivo. Em muitos casos, os machos maximizam seu valor adaptativo acasalando-se com maior número possível de fêmeas, enquanto que as fêmeas devem procurar o melhor macho possível.


A variação geográfica é resultado de condições ambientes variáveis nas diferentes partes da área de distribuição de uma espécie. Quando uma população local é isolada do resto da espécie, acumulam-se diferenças genéticas. Se estas diferenças tornarem-se extensivas, os indivíduos da população isolada podem tornar-se incapazes de reproduzir-se com indivíduos da população principal quando é re-estabelecido o contacto. Este processo é denominado especiação alopátrica.


A Terra tem mudado dramaticamente durante o meio bilhão de anos da história dos vertebrados. Os continentes eram fragmentados quando os vertebrados apareceram; coalesceram em um enorme continente, a Pangéia, há cerca de 300 milhões anos; e começaram a fragmentar-se novamente cerca de 100 milhões de anos atrás.

Este padrão de fragmentação - coalescência - fragmentação resultou no isolamento e re-contacto dos grandes grupos de vertebrados em uma base mundial. Em escala continental, o avanço e a retração de geleiras durante o Pleistoceno fez com que habitats homogêneos se dividissem e fundissem repetidamente, isolando populações de espécies amplamente distribuídas, levando à evolução de novas espécies.


A sistemática filogenética usualmente denominada cladística classifica os animais com base em caracteres derivados compartilhados. Grupos evolutivos naturais só podem ser definidos com base nesses caracteres derivados; a retenção de caracteres ancestrais não dá informações sobre as linhagens evolutivas. A aplicação desses princípios produz grupos zoológicos que refletem a história evolutiva tão acuradamente quanto se possa discerni-los e constitui a base para a formulação de hipóteses sobre a evolução.


ORIGEM DOS VERTEBRADOS
A história dos vertebrados cobre um penado de mais de 500 milhões de anos. Pensamos no ser humano como o vertebrado mais altamente evoluído, especializado em muitas estruturas - mãos, pés, coluna vertebral, cérebro -, mas a estrutura e organização do corpo humano foram determinados no longo e complexo curso da evolução.


Quando deixamos de lado as características especiais dos humanos e os comparamos com outros vertebrados, um plano básico do corpo pode ser identificado. Presumivelmente ancestral esse plano consiste em uma organização bilateral tubular, com características como notocorda, fendas faríngeas, tubo nervoso dorsal oco, vértebras e crânio.


Um protocordado, o anfioxo, e a larva amocete das lampréias dão uma idéia de como podem ter sido os primeiros vertebrados. Os vertebrados mais antigos conhecidos são os ostracodermes, animais aquáticos primitivos sem maxilas, aparentados com as lampréias e feiticeiras, que aparecem pela primeira vez no Cambriano superior e Ordoviciano. Eles eram completamente recobertos por urna pesada armadura dérmica óssea.


Não foram encontrados fósseis intermediários entre os ostracodermes e qualquer dos supostos progenitores invertebrados dos primeiros vertebrados, mas algumas idéias da possível origem destes últimos podem ser inferidas pela comparação das formas atuais. A notocorda fendas faríngeas e tubo nervoso dorsal oco são compartilhados com certos animais protovertebrados, e é mais provável que os vertebrados tenham se originado de cordados com os caracteres gerais do anfioxo.


A teoria de Garstang da evolução dos vertebrados a partir de um estágio larval como o dos tunicados é comumente aceita, mas permanece sem provas. Retrocedendo na história evolutiva, os cordados são mais proximamente aparentados aos Echinodermata e certos grupos de lofoforados que em relação a qualquer outro filo de invertebrados.


Os primeiros animais que podem ser chamados de vertebrados provavelmente evoluíram nos mares cambrianos. Embora esta seqüência de eventos não constitua a história comprovada das origens dos vertebrados, ela é um bom exemplo de como os biólogos elaboram hipóteses evolutivas a partir de estudos comparados de animais fósseis e atuais cordados.
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Onde nascem os tubarões



Encontrada em SP área usada como berçário pelos mais
temidos peixes dos mares



No litoral central de São Paulo, acaba de ser encontrado um lugar muito especial: uma área usada por várias espécies de tubarão para terem seus filhotes.


Localizada entre as cidades litorâneas de Praia Grande e Peruíbe, ela é utilizada por esses animais como berçário porque, sendo uma região costeira, oferece naturalmente proteção contra predadores de mar aberto -- como tubarões de grande tamanho -- e tem também abundância de alimentos como pequenos peixes ou camarões.




"Descobrir uma área como essa significa encontrar um lugar importante para a vida dos tubarões", explica Otto Bismarck Fazzano Gadig, coordenador do Projeto Cação e da equipe que localizou o berçário. Em lugares como o identificado no litoral paulista, a pelo menos um quilômetro da costa, os filhotes de tubarão nascem e permanecem por algum tempo para ganhar peso e tamanho. Os animais só saem dali quando estão fortes o suficiente para enfrentar o mar.



É a primeira vez que um berçário desse tipo é encontrado no Brasil. Para que a identificação fosse possível, Otto e sua equipe de pesquisadores -- composta por Fábio Santos Motta e Rafael Cabrera Namora -- precisaram observar o local por mais ou menos seis anos. Só depois de muita pesquisa foi possível chegar à conclusão de que o local é usado por cerca de cinco espécies de tubarão, como o tubarão-martelo e o pintadinho.



Embora seja próprio para recém-nascidos, o berçário identificado em São Paulo é freqüentado também por alguns animais adultos. Em geral, são fêmeas que estão na hora do parto ou machos que querem acasalar, o que não representa ameaça para os filhotes.




Segundo os pesquisadores do Projeto Cação, é provável que centenas de outros berçários de tubarão existam na costa do Brasil, mas eles ainda não foram devidamente identificados por falta de pesquisas. Muitos desses berçários devem abrigar várias espécies de tubarão, algumas até ameaçadas de extinção. Hoje, eles são desconhecidos, mas, quem sabe, a partir desta descoberta, outros berçários possam ser identificados, estudados e protegidos?!
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sábado, 8 de setembro de 2007

Vertebrados


OS PRIMEIROS VERTEBRADOS
As evidências fósseis indicam que os vertebrados evoluíram num ambiente marinho durante o Cambriano. Pouco sabemos sobre o grupo até algumas formas desenvolverem armaduras ósseas dérmicas. A evolução do osso, bombeamento muscular para filtrar alimento e o aumento na mobilidade, direcionou a evolução em dois sentidos diferenciando-se dois grupos distintos de vertebrados. Primeiramente surgiram os Pteraspsida ou Diplorhina, também denominados heterostracos; posteriormente diferenciaram-se os Cephalaspida ou Monorhina, caracterizados pelos osteostracos. A ampla radiação destas formas demonstra várias soluções para resolver o crescimento de um organismo encouraçado com osso. Somente dois tipos de Agnatha sobreviveram até os dias de hoje, originários das radiações dos primeiros vertebrados; as feiticeiras e lampréias. Todavia, os Agnatha atuais ilustram como o plano estrutural do corpo dos primeiros vertebrados foi capaz de sofrer alterações, devidas às várias especializações.

PROTOCORDADOS

ORIENTAÇÃO
O filo Chordata inclui animais tão diversos como as ascídeas, os peixes, rãs, aves e o homem. Esta página elucida e justifica sua colocação no mesmo filo. Logo após, serão discutidos os dois grupos de cordados invertebrados: os urocordados e os cefalocordados. Também são descritos os hemicordados, que é um filo de animais que mostram semelhanças tanto com os cordados como com os equinodermas.



CARACTERÍSTICAS DOS CORDADOS
O filo Chordata é um filo grande e diversificado de animais marinhos, dulcícolas e terrestres, que inclui ascídias, peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. Todos possuem um notocórdio dorsal, semelhante a uma haste, um cordão nervoso dorsal e fendas faríngeas. Em muitos cordados, algumas destas características são encontradas apenas nos estágios de seu desenvolvimento. O filo Chordata contém uma diversidade de animais, unidos por possuírem. pelo menos em alguma fase de sua vida, fendas faríngeas, um notocórdio e um cordão nervoso dorsal. Embora a maioria dos cordados pertença ao subfilo Vertebrata, em que um esqueleto vertebral envolve ou substitui o notocórdio, existem dois subfilos de cordados invertebrados.



Subfilo Urochordata
Os urocordados, que incluem as ascídias marinhas sésseis e algumas formas pelágicas, são o maior grupo de cordados invertebrados. O corpo é vestido por um envoltório externo denominado túnica, que contém celulose. A grande faringe perfurada está adaptada para a alimentação por filtração. Eles são hermafroditas e possuem uma larva em forma de girino, que tem um notocórdio e um cordão nervoso dorsal. O subfilo Urochordata é composto por animais marinhos e sésseis em sua maioria, conhecidos como tunicados ou ascídias e possuem o notocórdio e o cordão nervoso dorsal apenas durante o estágio de larva. Grande parte do interior do corpo é ocupada por uma grande faringe perfurada por muitas fendas. A água entra na faringe pelo sifão bucal (boca), passa por propulsão ciliar através das fendas ao redor do átrio e, então, sai pelo sifão exalante. Na passagem através das fendas faríngeas, o plâncton é filtrado da água corrente. O corpo está coberto por uma túnica protetora contendo celulose, que é secretada pela epiderme Nas muitas espécies coloniais de urocordados, os indivíduos estão unidos por um estolão ou têm sua túnica fusionada.



Subfilo Cephalochordata.
Os cefalocordados são cordados marinhos, pequenos e pisciformes, que se enterram em fundos arenosos. São metaméricos e possuem todas as características dos cordados na forma adulta. As fendas faríngeas funciona como filtro de alimentos. O subfilo Cephalochordata contém um pequeno grupo de cordados pisciformes que se enterram no sedimento marinho. Eles nadam ou enterram-se através de rápidas ondulações do corpo, produzidas pela contração de músculos metaméricos. Os cefalocordados filtram o alimento da corrente de água que passa pela boca e fendas faríngeas. A partir do cordão nervoso dorsal, emergem raízes de nervos laterais, pares, dispostas em um arranjo segmentar, mas não existe um cérebro anterior.



Subfilo Vertebrata
Os vertebrados são cordados metaméricos, de grande tamanho corpóreo, que possuem uma espinha dorsal de vértebras ao redor de ou substituindo, o notocórdio. O subfilo Vertebrata contém a maioria dos cordados. Como cefalocordados, eles são metaméricos, mas a extremidade anterior do cordão nervoso está expandida num cérebro. O notocórdio está envolvido ou substituído por vértebras. Primitivamente, os vertebrados são nadadores ondulatórios e a evolução da mandíbula capacitou-os a explorar uma diversidade maior de alimentos que os seus ancestrais filtradores. Muitos zoólogos acreditam que o ancestral dos cordados foi um animal séssil e os cefalocordados e vertebrados evoluíram através da retenção e desenvolvimento de formas corpóreas larvárias móveis, até a maturidade.
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Gordinhos e Magrinhos




Crianças ricas querem ser mais magras. As pobres querem engordar. A maioria tem peso normal, mas está insatisfeita com o próprio corpo cada vez mais cedo. Essas são algumas das conclusões de estudo feito na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).




Elaborada pela pediatra Ana Elisa Fernandes, do Hospital das Clínicas de Belo Horizonte, a pesquisa ouviu 1.183 alunos de escolas públicas e privadas da cidade, entre 6 e 18 anos.




O levantamento -que terminou neste ano- começou em 1998. Apesar disso, Fernandes diz que a pesquisa é válida porque utilizou a amostra mais ampla -em entrevistados e amplitude de faixa etária- que identificou em todos os estudos desse tipo já feitos no país.


Quem tem mais desejo de emagrecer são os brancos (38%), de escola particular (46,4%) e da classe socioeconômica mais alta (51,4%) -cuja família ganha até 45 mínimos por mês. Já 33,3% dos negros, 33% dos de escola pública e 40% dos da classe socioeconômica mais baixa -com renda de até dois mínimos- querem engordar. "O nível de desnutrição é fator importante nessa segunda faixa", diz a pediatra.


Insatisfeitos
A pesquisa mostra que 62,6% dos estudantes estão insatisfeitos com o próprio corpo, e que a preocupação com a imagem é cada vez mais precoce.

O desejo de alterar o próprio peso é maior em crianças de 6 a 9 anos do que entre adolescentes de 14 a 18 anos. A faixa que vai dos 10 aos 13 anos é a mais inconformada: 40,7% querem emagrecer, e 20,7%, engordar.



Para Fernandes, a pressão dos pais aumenta a insatisfação dos estudantes. "Quando há sobrepeso, a mãe reclama de comida demais, de doce, às vezes compara com o colega. E isso ocorre cada vez mais cedo.



"O IMC (Índice de Massa Corporal), no entanto, coloca 80,1% dos alunos com o peso normal, o que evidencia uma distorção da própria imagem.



Meninos x meninas
Para a pesquisadora, outro dado que chama a atenção é que os meninos estão até mais preocupados que as meninas com o corpo (64,1% contra 61,4%). "Menina adora Barbie, um padrão de corpo [da boneca] totalmente aceito e incutido há muito tempo. Os meninos têm brincado hoje com [bonecos] Batman e Super-Homem muito mais musculosos que antigamente. Isso influencia.


"Para a especialista em história do corpo da PUC-SP Denise Bernuzzi isso reflete a colocação do homem como objeto de desejo. Essa mudança, diz, foi a partir dos anos 60, quando os papéis masculino e feminino começaram a se confundir.



A pesquisa também diz que o desejo de ganhar peso pode significar que a criança quer aumentar a massa muscular.


(Folha de SP, 6/9)

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sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Sistema Digestivo










O aparelho digestivo ou digestório ou ainda sistema digestório é o sistema que, nos animais, é responsável por obter dos alimentos ingeridos os nutrientes necessários às diferentes funções do organismo, como crescimento, energia para reprodução, locomoção, etc. É composto por um conjunto de órgãos que têm por função a realização da digestão.




Tubo digestivo é composto:
Boca: onde ocorre o processo e mastigação que junto da insalivação, secreção das glândulas salivares (água, muco e enzima), degradam o amido, ação da ptialina (que inicia o processo de digestão dos carboidratos presente no alimento), em maltose.




Faringe: Auxilia no processo de deglutição (ato de engolir).




Esôfago: Canal de passagem aonde o bolo alimentar é empurrado por meio de contrações musculares (movimentos peristálticos) até o estômago.




Estômago: Começa o processo de quimificação, aonde atua a pepsina, enzima que transforma (quebra) as proteínas em peptídeos (cadeias menores de aminoácidos). O estômago é um órgão em formato de bolsa com o ph em torno de 2 (muito ácido). Ele pode ficar horas misturando o bolo alimentar em seu interior com a secreção gástrica (água, muco, ácido clorídrico e enzimas). O bolo alimentar torna-se mais líquido e ácido passando a se chamar quimo e vai sendo, aos poucos, encaminhado para o duodeno.




Intestino delgado: São produzidas em sua parede as enzimas: peptidase (digestão de proteínas), maltase (digere a maltose), lactase (digere a lactose) e a sacarase (digere a sacarose). A superfície interna, ou mucosa, dessa região, apresenta, além de inúmeros dobramentos maiores, milhões de pequenas dobras, chamadas vilosidades (aumenta a superfície de absorção intestinal). As membranas das próprias células do epitélio intestinal apresentam, por sua vez, dobrinhas microscópicas denominadas microvilosidades. O intestino delgado também absorve a água ingerida, os íons e as vitaminas. Ele se divide em duodeno, jejuno e íleon.




Duodeno: Dividido em quatro partes com forma de C, é no duodeno que o suco pancreático (neutraliza acidez do quimo e faz a digestão de proteínas, de carboidratos e de gorduras) e a secreção biliar (emulsificação de gorduras) agem atacando a quimo e a transformando em quilo. Possuí as glândulas de Brünner que secretam muco nas paredes do intestino delgado.




Jejuno: Começa a absorção dos nutrientes. Faz continuação ao duodeno, recebe este nome porque sempre que é aberto se apresenta vazio.




Íleo: É o último segmento do intestino delgado que faz continuação ao jejuno. Recebe este nome por relação com osso ilíaco. É mais estreito e suas túnicas são mais finas e menos vascularizadas que o jejuno.




Intestino grosso: Dividido em 4 partes: ceco (cecum), cólon e o reto. É o local de absorção de água, tanto a ingerida quanto a das secreções digestivas. Glândulas da mucosa do intestino grosso secretam muco, que lubrifica as fezes, facilitando seu trânsito e eliminação pelo ânus. Fortíssimas ondas peristálticas, denominadas ondas de massa, ocorrem eventualmente e são capazes de propelir o bolo fecal, que se solidifica cada vez mais, em direção às porções finais do tubo digestório: os cólons, sigmóide e reto.




Apêndice: É uma pequena extensão tubular terminada em fundo cego.
Ceco: É a porção inicial do intestino grosso segmento de maior calibre, que se comunica com o íleo. Para impedir o refluxo do material proveniente do intestino delgado, existe uma válvula localizada na junção do íleo com o ceco - válvula ileocecal. No fundo do ceco encontramos uma ponta chamada apêndice cecóide ou vermicular.
Cólon: É a região intermediária, um segmento que se prolonga do ceco até o ânus.
Reto É a parte final do tubo digestivo e termina-se no canal anal. Ele possui geralmente 3 pregas em seu interior e é uma região bem vascularizada. Pode ser avaliado através do toque retal, retoscopia ou retosigmoideoscopia. É no canal anal que ocorrem as hemorróidas que nada mais são que varizes nas veias retais inferiores.
Ânus: Controla a saída das fezes, localizado na extremidade do intestino grosso
Ao tubo digestivo estão associadas glândulas que produzem sucos digestivos ricos em enzimas e outras substâncias que ajudam a dissolver os alimentos. O fígado intervem, ainda que não produza qualquer suco digestivo mas, sim, a bílis que funciona como emulsificante (ajuda a quebrar a gordura em gotas de pequena dimensão, de forma a facilitar a absorção, ou seja, a digestão).


As glândulas/órgãos/estruturas anexas são:
Glândulas salivares
Glândulas pubianas (na pele do púbis)
Glândulas gástricas (na parede interna do estômago)
Glândulas intestinais (na parede interna do intestino delgado)
Pâncreas
Fígado
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quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Coluna da Ciência Hoje









Pessoal,






Estou postando a minha Coluna da Revista Ciência Hoje para que vocês possam ler.







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COLUNAS :: POR DENTRO DAS CÉLULAS

O inimigo está à espreita Colunista discute fatores que favorecem o surgimento das infecções hospitalares




Com uma regularidade impressionante, as infecções hospitalares têm sido noticiadas pela imprensa e têm tornado os hospitais – locais que deveriam estar associados com a promoção e cuidados com a saúde – ambientes potencialmente perigosos para nosso bem-estar. A taxa de mortalidade por infecção hospitalar alcança níveis alarmantes em todo o mundo. Só no Brasil, o problema está por trás de 45 mil óbitos anuais em média em cerca de doze milhões de internações. De acordo com o Colégio Brasileiro de Cirurgiões, o custo desses índices trágicos chega a cerca de R$ 10 bilhões anuais.






A infecção hospitalar ou nosocomial (do grego nosos = doença, komeo = cuidar) é provavelmente tão antiga quanto os próprios hospitais. Os primeiros relatos desse fenômeno, porém, só foram registrados na Áustria durante o início no século 19, atingindo mulheres após o parto. Pesquisas mostraram que essa contaminação ocorria devido à falta de assepsia das mãos durante a realização dos partos.






A contaminação por germes patogênicos nos centros cirúrgicos era algo comum, apesar das pesquisas realizadas por um cirurgião inglês chamado Joseph Lister (1827-1912), que implantou os princípios de assepsia pela adoção de procedimentos simples como o uso de fenol para desinfecção das mãos ou a aplicação de pomadas de ácido fênico nas feridas.






Por algum tempo se acreditou que a solução para esse problema residia nos antibióticos. Os primeiros registros do uso desses compostos químicos remontam a pelo menos 2.500 anos, pelos chineses (sempre eles!) e egípcios. Mais tarde, eles foram redescobertos no final do século 19 por diversos pesquisadores.






Entre esses cientistas, devem-se ressaltar as investigações conduzidas pelo médico francês Ernest Duchesne (1874-1912) e, principalmente, as pesquisas do biólogo escocês Alexander Fleming (1881-1955) sobre a atividade antibacteriana da penicilina, um composto extraído do fungo Penicillium notatum . As pesquisas de Fleming foram publicadas em 1929 e lhe valeram o Nobel de Medicina em 1945, junto com o australiano Howard Florey e o alemão Ernst Boris Chain.






Superbactérias



As infecções hospitalares podem ser provocadas por um crescimento explosivo de espécies oportunistas presentes na flora bacteriana dos pacientes. A debilidade dos mecanismos de defesa desses indivíduos devido à idade, doenças ou métodos de tratamento cria condições favoráveis para o processo. O uso de procedimentos invasivos (soros, cateteres e cirurgias) ou o contato com bactérias presentes no hospital, em outros pacientes ou membros da equipe médica podem também causar um processo infeccioso.






Após a descoberta e isolamento de diversos antibióticos, os índices de contaminação nosocomial diminuíram de forma significativa. Porém, algumas décadas após o descobrimento desses fármacos, surgiram variantes de bactérias resistentes a vários antibióticos, agravando o problema.






Esse processo de resistência ocorre naturalmente e está relacionado com a ação da seleção natural de mutações casuais que confiram a membros da população de uma determinada bactéria a capacidade de sobreviverem e se reproduzirem mesmo quando expostos a antibióticos.






O uso indiscriminado e inapropriado desses fármacos favorece o surgimento dessas bactérias resistentes a vários antibióticos, conhecidas popularmente como superbactérias. O diagnóstico incorreto, a prescrição errônea e o uso de doses inadequadas de medicamentos, a interrupção prematura do tratamento das infecções, o emprego de antibióticos humanos em alimentos consumidos e a automedicação são fatores que também contribuem para o surgimento da resistência a antibióticos.






Uma vez que a clientela dos hospitais é formada por portadores de patologias diversas e por indivíduos que apresentam um quadro de imunodepressão, esses locais convertem-se em um ambiente propício para a proliferação de infecções bacterianas e para o surgimento das temidas superbactérias.






Biofilmes



Duas outras características desses patógenos tornam esse quadro ainda mais complexo: a capacidade de transferir genes de resistência a antibióticos para outros indivíduos da mesma cepa bacteriana ou para espécies diferentes e a habilidade para desenvolver biofilmes.






A transferência de material genético é um processo comum entre bactérias e ocorre por meio da troca de pequenas porções circulares de DNA conhecidas como plasmídeos. Com esse mecanismo, uma mesma bactéria pode adquirir resistência simultânea contra diversos antibióticos diferentes.






Por outro lado, várias bactérias oportunistas associadas com a infecção hospitalar, como Pseudomonas aeruginosa , Staphylococcus aureus , Staphylococcus epidermidis e Escherichia coli, são capazes de formar um microambiente protetor denominado biofilme – uma microcolônia de espécies de microrganismos mutualistas que vivem imersos em matriz hidratada produzida por essas espécies ou pelo próprio hospedeiro. Representantes de outros grupos de microrganismos como algas, fungos e protozoários também podem ser encontrados nos biofilmes.




Esses patógenos estão associados com casos de infecção nosocomial oportunista e seus alvos principais são pacientes recém-operados ou transplantados, submetidos à terapia intensiva, infectados por HIV ou sob quimioterapia para tratamento de câncer. Esses microrganismos causam infecções no local das cirurgias, além de estarem relacionados com pneumonias associadas com ventilação, infecções do trato urinário, queimaduras, septicemia e infecções em feridas crônicas.






Os microrganismos presentes em biofilme formam comunidades cujas atividades metabólicas são integradas. Adaptações estruturais e fisiológicas tornam possível a expressão coordenada de genes que criam um ambiente adequado para a proliferação e manutenção da condição vital dos membros dessas microcolônias.






Os patógenos presentes em biofilmes apresentam aumento da resistência a agentes antimicrobianos e às ações do sistema imune. Por isso, essas comunidades de microrganismos estão relacionadas com a ocorrência de infecções crônicas e com uma diminuição da capacidade do organismo hospedeiro de controlar a proliferação e os efeitos prejudiciais de infecções. A transferência de material genético entre as espécies presentes nessas comunidades explica, pelo menos parcialmente, esse fenômeno.






Além disso, esses microrganismos produzem enzimas líticas e toxinas que inibem a recuperação de infecções e promovem um estado inflamatório crônico, resultando na liberação de radicais livres e de outros compostos que podem ter efeitos danosos sobre a saúde dos pacientes. Compostos liberados por esses patógenos inibem fatores de crescimento e inativam proteínas necessárias para o combate a infecções. A produção de toxinas, como a exotoxina A de Pseudomonas aeruginosa , também retarda a recuperação do processo infeccioso.






O caso do Brasil



Os biofilmes são usualmente encontrados em substratos sólidos – como equipamentos hospitalares – associados com soluções aquosas. A dificuldade de se erradicar essas bactérias desses locais, aliada a sua multirresistência a drogas antibacterianas, faz com que esses seres contribuam substancialmente para a mortalidade de pacientes hospitalizados. Sua ocorrência e persistência no ambiente hospitalar tem sido verificada em todo o mundo, particularmente em países em desenvolvimento como o Brasil, e tem tornado infelizmente muitos hospitais verdadeiras fábricas de doenças.



Visando minimizar a gravidade das infecções hospitalares no país, foi criado há alguns anos pelo governo federal o Programa de Controle de Infecções Hospitalares. Contudo, a situação ainda é muito séria: segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 36% dos hospitais com leitos para internação não possuem programas para controle e prevenção de infecção hospitalar. Além disso, de acordo com dados do Ministério da Saúde, o Brasil apresenta um percentual de 15,5% de infecção hospitalar – mundialmente, esse índice está em torno de 5%.






Para que essa situação seja mudada, é necessário que a população se inteire da gravidade do problema e solicite que os hospitais de sua cidade tomem medidas para evitar a ocorrência de infecções nosocomiais e possam promover uma assistência e um atendimento de qualidade e seguro para todos.






Jerry Carvalho Borges (Colunista da CH On-line) 31/08/2007






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Estamos de Volta!



Pessoal,




Estou de volta ao Blog.




Sei que andei meio sumido (ou muito sumido, não é mesmo?!!!), mas estava ocupadíssimo como algumas coisa lá da Faculdade.

Agora estou de volta com carga total. Estarei postando diariamente e termos uma série de novidades!



Aguardem para ver!



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quinta-feira, 14 de junho de 2007

Os Vídeos



Pessoal,
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Já estou transformando os vídeos para o formato adequado e colocando no YouTube, conforme havia dito a vocês.
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Já coloquei no YouTube um vídeo sobre moluscos (http://www.youtube.com/watch?v=IbTRsE_L3O0) e estou agora adionando a segunda parte desse tópico.
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Visitem o vídeo e me digam o que acharam!
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Como a colocação desses vídeos no site é um processo muito lento e trabalhoso, vou levar todo o dia conseguir adicionar todos os seus vídeos. Tenham, portanto, um pouco de paciência!


Vou colocar o link dos vídeos aqui, mas de qualquer forma, você pode buscar os vídeos no YouTube pelas palavras-chave CIC-Passos ou Jerry.









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segunda-feira, 11 de junho de 2007

Prova de Bloco


Pessoal,


Como vocês já sabem, teremos nessa sexta-feira (15 de Junho) a PROVA DE BLOCO de biologia.





A matéria dessa avaliação será:

1) Filo Molusca

2) Filo Artropoda

3) Filo Equinoderma

4) Desenvolvimento Embrionário


Vocês devem estudar na Apostila, no livro-texto, assim como nas suas anotações feitas em classe, no resumo do Sézar e César que entreguei e nos resumões do blog.


Quero lembrar também que faremos uma aula de revisão na quarta-feira (13 de Junho).



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domingo, 10 de junho de 2007

Filo Arthropoda


INTRODUÇÃO


Aranhas, escorpiões, carrapatos, caranguejos, moscas, borboletas, baratas e centopéias são alguns dos animais mais comuns do planeta.




Formam o filo Arthropoda (do grego arthros = articulação; podos = pés), de estreita relação com o homem.





Se o número de espécies pudesse ser usado como indicador de sucesso de um grupo animal, os artrópodes poderiam ser considerados os dominadores do mundo, pois superam em diversidade todos os outros grupos animais reunidos. É, portanto, o maior dos grupos zoológicos, tanto em diversidade de formas como em número de indivíduos. Contém a grande maioria dos animais conhecidos, compreendendo cerca de 1 milhão de espécies já descritas, mas há estimativas que propõem um total de 10 milhões de espécies.





A enorme variedade permite a sobrevivência dos artrópodes em todos os ambientes. É praticamente impossível encontrar um local não habitado por pelo menos um artrópode. Para que se tenha idéia da diversidade de hábitats que apresentam, pode-se dizer que foram encontrados artrópodes em montanhas, em altitudes superiores a 6000 metros, assim como em profundidades oceânicas de até 9500 metros.






Há formas adaptadas para a vida no ar, na terra, no solo e em água doce e salgada. O grupo inclui os insetos, únicos invertebrados voadores.



Entre os artrópodes, há espécies parasitas de plantas e de animais, que causam ou transmitem doenças. Vários tipos de insetos exibem organizações sociais, com divisão de trabalho entre os diversos componentes.





Alguns são importantes economicamente: caranguejos, camarões e lagostas, por exemplo, servem de alimento ao homem; as abelhas apresentam uma série de utilidades, com destaque para a produção de mel; as larvas da mariposa Bombyx mori (o bicho-da-seda) produzem casulos de seda durante seu desenvolvimento, que são utilizados na industria têxtil.





Muitos apresentam grande importância ecológica, como os microcrustáceos, principais herbívoros marinhos e participantes destacados das cadeias alimentares, que sustentam animais maiores, além de insetos e aranhas, que servem de alimento para muitos vertebrados terrestres.





Quanto ao tamanho, existem crustáceos, insetos e carrapatos com menos de 1 milímetro de comprimento.




Por outro lado, conhecem-se formas fosseis com 3 metros de comprimento e, entre os organismos viventes, há um caranguejo japonês, Macrocheira kaempferi, que, com suas patas delgadas, alcança uma envergadura de 4 metros. Há lagostas no oceano Atlântico que chegam a 60 cm de comprimento e 15 quilos de peso. Entretanto, são exceções, pois, de uma forma geral, o tamanho dos artrópodes é limitado pelas características de seu organismo.






CARACTERÍSTICAS GERAIS





Apesar da enorme diversidade de formas que este filo apresenta, existem algumas características que são comuns a todos os seus membros:
• o corpo é sempre revestido por um exoesqueleto endurecido contendo quitina (um polissacarídeo), que é trocado periodicamente, permitindo o crescimento do animal;







• são segmentados, mas a metameria é mais evidente na fase embrionária, pois no adulto há tendência à fusão de segmentos, originando partes definidas do corpo, como cabeça, tórax e abdome (entretanto, a segmentação do adulto aparece claramente nos apêndices, na musculatura e no sistema nervoso);


• apresentam patas e outros apêndices articulados (daí o nome do filo), formados por vários segmentos ou artículos, unidos por juntas moveis, facilitando bastante a locomoção;





• são dotados de simetria bilateral, adaptativa para animais que exploram seu ambiente;



• possuem uma cavidade corpórea, o celoma, mas extremamente reduzido;




• apresentam, em sua maioria, alto grau de concentração e desenvolvimento do sistema nervoso central e dos órgãos sensitivos, o que permitiu, em alguns grupos, a existência de padrões de comportamento complexos, inclusive organizações sociais.



O registro fóssil do grupo é bastante amplo, mas não apresenta formas que unam os vários tipos de artrópodes, o que dificulta o estabelecimento da origem e da evolução do filo. Entretanto, a maioria dos cientistas concorda que há ligações entre artrópodes e anelídeos, possivelmente tendo existido um ancestral comum aos dois grupos. Isso é reforçado pelo fato de que existem muitas identidades, como a existência de segmentação, a presença da cutícula secretada pela epiderme e as semelhanças nos sistemas digestivo e nervoso.







Existe um pequeno grupo de animais, o filo Onycophora (do grego onychos = garra; phoros = portador), com cerca de 70 espécies, cujos representantes apresentam uma mescla de características dos artrópodes e anelídeos. A espécie mais semelhante é Peripatus capensis, encontrado em locais escuros e úmidos. De forma semelhante aos anelídeos, possuem o corpo mole e alongado, nefrídeos segmentares funcionando como órgãos excretores e apêndices semelhantes aos parapódios dos poliquetas. Entretanto, não apresentam septos internos e suas mandíbulas e antenas se parecem com as dos artrópodes. São carnívoros e alimentam-se de vermes e insetos. Acredita-se que um provável ancestral de anelídeos e artrópodes poderia ser como os atuais onicóforos.



CLASSIFICAÇÃO

A classificação dos artrópodes reflete a grande diversidade do filo. Isso a torna bastante complexa, envolvendo inúmeros grupos e subgrupos taxonômicos. O que veremos a seguir é uma simplificação desta classificação, na qual os artrópodes atuais podem ser divididos em:


1) Classe Insecta : Os INSETOS têm o corpo dividido em cabeça, tórax e abdome. Apresentam um par de antenas e três pares de patas. Podem ter asas, sendo os únicos invertebrados capazes de voar. Representam cerca de 90% de todos os artrópodes (aproximadamente 900 mil espécies). Entre os representantes mais conhecidos, podem ser citados os gafanhotos, formigas, besouros e borboletas.




2) Classe Arachnida : Os ARACNÍDEOS possuem quatro pares de patas e uma clara divisão corporal em cefalotórax (cabeça fundida ao tórax) e abdome. São desprovidos de antenas e dotados de quelíceras, apêndices anteriores em forma de presas. Seus representantes mais destacados são os escorpiões, aranhas, carrapatos e ácaros.






3) Classe Crustacea : Os CRUSTÁCEOS têm o corpo dividido em cefalotórax e abdome, dois pares de antenas e número variável de patas. São os siris, caranguejos, lagostas e camarões, entre outros.



4) Classe Chilopoda : Os QUILÓPODES possuem o corpo alongado, com um par de patas por segmento e um par de antenas na cabeça. São as lacraias e centopéias.



5) Classe Diplopoda : Os DIPLÓPODES também apresentam o corpo alongado, mas com dois pares de patas por segmento. Também possuem um par de antenas. São os piolhos-de-cobra.



ORGANIZAÇÃO

A organização morfofisiológica dos artrópodes é extremamente diversificada.


Exoesqueleto


A existência de um esqueleto externo duro formado por um polissacarídeo denominado quitina é uma das razões do sucesso alcançado pelos artrópodes.



Ao contrário da cutícula fina e flexível dos anelídeos, os artrópodes possuem o exoesqueleto composto por uma cutícula grossa, responsável pela rigidez do corpo.




Sua porção externa é impermeável, sendo composta de proteínas e cera.



A porção interna, mais espessa, é formada por camadas de quitina e contém ainda pigmentos e carbonato de cálcio.



É totalmente acelular e secretado pela epiderme subjacente, estando ligado a ela.


A quitina que compõe o exoesqueleto é um material extraordinário. Pode constituir uma verdadeira armadura, como ocorre nos crustáceos (nos quais o exoesqueleto é impregnado com grande quantidade de sais de cálcio), mas se mantém fina e flexível nas juntas e articulações, facilitando os movimentos.




Como a quitina é rígida e impermeável, proporciona sustentação, proteção mecânica e atua contra a desidratação, o que representa uma importante adaptação à vida em meio terrestre. A quitina também é componente das peças bucais, das asas, de partes de vários órgãos sensoriais, e até mesmo da lente do olho do artrópode.




Entretanto, o exoesqueleto é inflexível, constituído por material não-vivo, e reveste completamente todo o corpo. Isso limita o crescimento do animal.



Para que um artrópode possa crescer, o esqueleto antigo deve ser periodicamente eliminado e substituído por outro mais novo e maior. A eliminação do velho esqueleto e formação de um novo é conhecida como muda ou ecdise. Neste processo, o animal secreta uma nova cutícula, bastante mole, e, depois de romper a velha cutícula através de uma fenda, sai de dentro dela. Enquanto a nova cutícula estiver mole e expansível, o animal cresce bombeando ar ou água para seu interior. Quando finalmente a cutícula endurece, ar ou água são substituídos por um real crescimento de tecidos.


A muda é perigosa, pois o animal que acabou de realizá-la torna-se vulnerável a predadores e também à perda de água, no caso dos animais terrestres. Assim, muitos artrópodes buscam refúgio até que a nova cutícula tenha endurecido.



O período entre duas mudas sucessivas é conhecido como intermuda, durante o qual o crescimento do animal é muito lento, feito às custas de proteínas e outros compostos orgânicos sintetizados, repondo os fluidos absorvidos após a ecdise.








O grande aumento de tamanho e peso ocorre no período imediatamente seguinte à muda, quando a cutícula mole pode ainda ser distendida.




Assim, o crescimento dos artrópodes tem uma certa continuidade, embora com variações de intensidade. A duração das intermudas torna-se maior à medida que o animal envelhece.


Alguns artrópodes, como as lagostas e a maioria dos caranguejos, continuam sofrendo mudas durante toda a vida. Outros, como os insetos e as aranhas, cessam as mudas quando atingem a maturidade sexual.



A muda é controlada por hormônios, como a ecdisona, secretados por glândulas especiais, e que circulam pela corrente sangüínea, atuando diretamente sobre as células epidérmicas. Há inclusive hormônios encarregados de regular a produção de ecdisona.



Músculos


A utilidade do exoesqueleto se estende à locomoção. Enquanto o movimento dos anelídeos depende dos músculos que atuam sobre o liquido celomático, nos artrópodes os músculos atuam sobre unidades esqueléticas rígidas adjacentes, funcionando como um sistema de alavancas.




O exoesqueleto é que fornece os pontos para a inserção muscular, com a ação antagônica, ou seja, cada estrutura corporal que se contrai sob ação de um músculo, distende-se pela ação de outro. Isso permite movimentos elaborados que facilitam a exploração do ambiente.




A ação do esqueleto, servindo de apoio à musculatura, lembra o que ocorre nos vertebrados; a diferença é que as peças esqueléticas são externas e não internas.


Um exoesqueleto é muito útil para animais pequenos, como os artrópodes. Para animais grandes, como os vertebrados, o esqueleto interno é mais eficiente, uma vez que um exoesqueleto seria muito pesado e de difícil locomoção.


Nutrição e Digestão



De forma geral, o tubo digestivo dos artrópodes é completo. Algumas variações podem surgir, dependendo do animal. Entre os insetos, por exemplo, o tubo digestivo é formado por:



1) boca;

2) faringe muscular;

3) esôfago curto, associado a glândulas salivares, produtoras de secreções que umedecem o alimento;

4) papo grande para armazenamento;

5) moela ou proventrículo para trituração mecânica;

6) estômago, ligado a cecos gástricos glandulares, que secretam sucos para a digestão química;

7) intestino, área de maior absorção alimentar;

8) reto, onde é feita a absorção final de água; e

9) ânus.



Nos aracnídeos, o tubo digestivo é pouco diferente, contendo um estômago sugador, operado por músculos, que atua na absorção dos fluidos corporais da presa, seguido de um estômago químico, onde é feita a digestão enzimática.


Respiração



Nos artrópodes, podem ser encontrados três tipos diferentes de estruturas respiratórias:
• as brânquias são típicas das formas que predominam nos ecossistemas aquáticos, os crustáceos. São constituídas por filamentos muito finos, repletos de vasos sangüíneos, e realizam as trocas gasosas diretamente da água. As brânquias ficam frequentemente alojadas em câmaras branquiais, permanentemente cheias de água, o que permite a respiração do animal mesmo quando está em terra. É por isso que siris e caranguejos podem se deslocar temporariamente pelo ambiente terrestre. O número de brânquias varia de acordo com o tipo de crustáceo.




• as traquéias formam um sistema de tubos aéreos, revestidos por quitina, que conduzem o ar diretamente aos tecidos do corpo. O fluxo do ar é regulado pela abertura e pelo fechamento de poros especiais situados no exoesqueleto, denominados estigmas. Existem em insetos, aracnídeos, quilópodes e diplópodes. Na respiração traqueal, o sangue não participa; todo o transporte gasoso é feito pelas traquéias.




• as filotraquéias ou pulmões foliáceos são estruturas exclusivas dos aracnídeos, sempre existindo aos pares. Cada pulmão foliáceo é uma invaginação (reentrância) da parede abdominal ventral, formando uma bolsa onde várias lamelas paralelas (lembrando as folhas de um livro entreaberto), altamente vascularizadas, realizam as trocas gasosas diretamente com o ar que entra por uma abertura do exoesqueleto. A organização das filotraquéias lembra a das brânquias, com a diferença de que estão adaptadas à respiração aérea. Algumas aranhas pequenas e os carrapatos têm, apenas, respiração traqueal.




Circulação


O sistema circulatório dos artrópodes é do tipo aberto, no qual o sangue deixa os vasos e passa a fluir por espaços livres entre os tecidos, as lacunas ou hemoceles.



O coração muscular fica situado dorsalmente e bombeia o sangue para todo o corpo. Aracnídeos e crustáceos possuem sangue quase incolor, contendo hemocianina como pigmento respiratório, responsável pelo transporte gasoso.




Insetos, quilópodes e diplópodes possuem o sangue totalmente incolor, denominado hemolinfa, desprovido de pigmentos e responsável apenas pelo transporte alimentar, uma vez que o oxigênio chega diretamente aos tecidos pelo sistema traqueal. Isso pode explicar o fato de, apesar da circulação aberta, com menor pressão sangüínea e fluxo mais lento, os movimentos serem rápidos.



Há uma completa independência entre respiração e circulação nos insetos.



Excreção


Os sistemas excretores dos artrópodes retiram excretas nitrogenadas das lacunas sangüíneas e, através de diferentes estruturas, eliminam-nos para o meio exterior. Estas estruturas são:
• os túbulos de Malpighi são típicos dos artrópodes terrestres, como os insetos, aracnídeos, quilópodes e diplópodes. São tubos alongados que retiram excreta das hemoceles e descarregam-nos no interior do intestino, de onde são eliminados com as fezes.




• as glândulas coxais, típicas dos aracnídeos, são estruturas saculiformes de parede delgada que eliminam os resíduos através de dutos que se abrem nas coxas das patas.



• as glândulas verdes ou antenais existem nos crustáceos. Estão situadas na cabeça e eliminam os resíduos por meio de dutos que se abrem na base das antenas.




É comum também a eliminação de excretas através da superfície do corpo ou pelas brânquias.


O principal produto de excreção nitrogenada dos aracnídeos é uma substância chamada guanina.



Em crustáceos, a amônia é o principal produto de excreção e, nos insetos, o ácido úrico.



Ácido úrico e guanina são materiais de baixa toxidade e requerem pouca água para sua eliminação. Isso representa uma economia de água para o animal, constituindo-se em outra adaptação à vida em meio terrestre.



Sensibilidade


Há um alto grau de cefalização nos artrópodes, com um cérebro mais avantajado em relação aos celenterados por exemplo. Há também um grande desenvolvimento dos órgãos sensoriais, levando a padrões de comportamento mais complexos.




A estrutura do sistema nervoso é semelhante àquela encontrada nos anelídeos, ou seja, é ganglionar ventral. Há um par de gânglios cerebrais situados dorsalmente, de onde parte uma dupla cadeia ganglionar ventral, com pequenos gânglios segmentares. Estes controlam muitas atividades do animal e várias funções podem ser realizadas sem a presença do "cérebro".






Um caso extremo, mas muito ilustrativo, é o dos louva-a-deus. São insetos carnívoros entre os quais pode ocorrer canibalismo. A fêmea, geralmente maior, captura o macho que se aproxima para a corte e começa a degluti-lo, iniciando pela cabeça. O macho decapitado passa a ter fortes atividades motoras, escapa da fêmea e acasala-se com ela. Pesquisas demonstram que o macho decapitado é mais propenso a copular que o macho intacto. Depois do acasalamento, a fêmea pode completar a refeição.




Os receptores sensitivos dos artrópodes estão associados a modificação do exoesqueleto que, de outra maneira, serviria como barreira à detecção dos estímulos ambientais.




São comuns os pêlos sensitivos e cerdas que, quando se movem, estimulam receptores na sua base, estando colocado tanto no corpo quanto nas patas e antenas. Cavidades do exoesqueleto podem conter quimioreceptores ou estarem cobertas por membranas que captam vibrações. As antenas contem quimioreceptores e desempenham função olfativa e acústica.




A maioria dos artrópodes possui olhos, cuja complexidade é bastante variável. Embora existam animais com olhos simples, como aranhas, os olhos compostos de insetos e crustáceos despertam maior curiosidade. Um olho composto é formado por várias unidades denominadas omatídios, cada qual contendo uma pequena lente derivada da cutícula exoesquelética. A superfície exterior da lente é uma faceta geralmente hexagonal. Cada lente funciona como unidade fotoreceptora e forma um ponto da imagem.




Assim, a imagem total formada pelo olho composto resulta da soma das imagens formadas pelos omatídios excitados. Seria análoga àquela produzida em uma tela de televisão, onde é uma rede formada por pontos de luz. Um olho composto forma a chamada imagem em mosaico, na qual a imagem total resulta de pequenas peças colocadas umas ao lado das outras.




A vantagem do olho composto é a sua facilidade em detectar movimentos, uma vez que um ligeiro deslocamento, em um ponto de luz leva a um deslocamento correspondente nos omatídios estimulados.




Além disso, a disposição dos omatídios e o posicionamento dos olhos, nas laterais da cabeça, ampliam o campo visual. Isto é mais acentuado nos crustáceos, nos quais os olhos compostos são pedunculados. Pesquisas demonstram que os olhos mais eficientes são os que possuem número maior de omatídios, formando imagens melhores. Até mesmo discriminação de cores já foi demonstrada para muitos artrópodes, sobretudo crustáceos.




Os estatocistos são estruturas comuns nos crustáceos. Representam pequenos sacos quitinosos contendo pêlos sensitivos e pequenos grãos de areia, os estatólitos. O toque dos estatólitos nos pêlos produz estímulos que são conduzidos ao cérebro, permitindo o animal a determinação da posição em que se encontra e possíveis correções. São, portanto, estruturas que dão o sentido de equilíbrio, o que é particularmente útil em animais aquáticos.




Reprodução


Os artrópodes, em geral, são dióicos. As formas terrestres têm fecundação interna, utilizando apêndices modificados na copulação. Já as formas aquáticas podem realizar externa ou interna. A maioria das formas apresenta estágio larval, sendo o estágio adulto atingido através de metamorfose. Mecanismos de corte precedem a copulação em diversas formas.


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